Escarlatina: uma visão completa sobre a doença e medidas de proteção para os pequenos 1

Um novo surto de escarlatina foi divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde em 2023, com maior incidência em crianças em idade escolar. A doença é transmitida pelo contato direto com as secreções respiratórias de uma pessoa infectada, como gotículas de saliva, o que favorece sua rápida disseminação em ambientes fechados, como escolas e creches.

Escarlatina: uma visão completa sobre a doença e medidas de proteção para os pequenos 2

A escarlatina é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria estreptococos do tipo A. Essa bactéria também é responsável por outras infecções, como amigdalite, impetigo e erisipela. O diagnóstico é feito através de exame laboratorial ou avaliação clínica dos sintomas.

Entre os sintomas da escarlatina estão febre alta, dor de garganta, dor de cabeça, náuseas, vômitos, falta de apetite, manchas vermelhas na pele e alterações na língua, que pode apresentar uma aparência semelhante a uma framboesa. O tratamento é realizado com antibióticos sob supervisão médica, além de outros medicamentos para alívio de sintomas.

As manchas vermelhas na pele, conhecidas como exantemas, costumam aparecer rapidamente e estão localizadas em regiões de dobras do corpo. É importante evitar coçar as áreas afetadas para evitar lesões e infecções. As alterações na língua podem indicar a presença da doença e, nesse período, é recomendado consumir alimentos leves e líquidos para aliviar a dor de garganta.

A transmissão da escarlatina ocorre pelo contato direto com a saliva ou gotículas de saliva de uma pessoa infectada.

A escarlatina é uma doença infecciosa que pode ser transmitida pelo contato com pessoas infectadas, especialmente em ambientes fechados e com muitas pessoas, como creches e escolas. Alguns casos raros também podem ser causados pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Poeira, roupas e utensílios contaminados não desempenham um papel relevante na transmissão da doença.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas são alérgicas e apresentam sintomas. Algumas podem ser assintomáticas, mas ainda assim podem transmitir a infecção para outros. Portanto, é essencial que qualquer pessoa que entre em contato com a bactéria faça um exame para confirmar o diagnóstico e tomar as precauções necessárias para evitar a propagação da doença em massa.

Apesar de ser mais comum na primavera e entre as crianças, a escarlatina pode afetar pessoas de qualquer idade e sexo. Durante a primavera, as doenças alérgicas e infecciosas tendem a se intensificar, devido à maior proliferação de pólen e ao tempo seco. As crianças, por terem um sistema imunológico mais fraco e menos anticorpos, são mais vulneráveis ​​a infecções virais, o que se relaciona com a ocorrência da escarlatina.

As complicações da escarlatina podem ocorrer em dois momentos: durante a fase aguda da doença e em infecções tardias. Na fase aguda, a doença pode se espalhar pelo organismo e causar outras doenças, como otite, sinusite e meningite. Após semanas sem sintomas, há o risco de complicações posteriores, como reumatismo infeccioso e problemas renais.

Embora seja importante estar ciente das possíveis complicações da escarlatina, é ainda mais crucial identificar e tratar a doença adequadamente. Consultas regulares com um médico e exames de rotina podem ajudar a detectar qualquer doença precocemente.

Para prevenir a escarlatina, é recomendado evitar o contato com pessoas infectadas sempre que possível e manter uma boa higiene das mãos. Escolas e creches são locais propícios para a transmissão de doenças infecciosas, devido à interação frequente entre as crianças e a falta de práticas adequadas de higiene. Portanto, é fundamental promover uma cultura de higiene nessas instituições para proteger as crianças contra a escarlatina.

A escarlatina é uma doença contagiosa que se espalha rapidamente. Por isso, quando uma criança é diagnosticada com escarlatina, é importante afastá-la imediatamente da escola. O retorno à escola pode ocorrer um dia após o início do tratamento com antibióticos, desde que a criança se sinta bem.

Para evitar a propagação da escarlatina, os pais e responsáveis devem orientar as crianças, professores, orientadores e profissionais de educação sobre os sintomas da doença e os cuidados necessários. Algumas boas práticas incluem não compartilhar objetos pessoais, como copos e talheres, cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir, evitar coçar o nariz e levar a mão à boca, lavar sempre as mãos e manter as unhas das crianças curtas.

Independentemente da estação do ano, é importante cuidar da saúde e não ignorar os sintomas da escarlatina. Embora não seja uma doença perigosa, o tratamento adequado é necessário para evitar complicações a longo prazo para a criança.

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Fontes:
– Informe técnico – Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”
– Manual MSD
– Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente – Faculdade de Medicina (UFMG)
– Biblioteca Virtual em Saúde

By Gestão da Saúde

Jornalista especialista em gestão social e saúde com mestrado na UFPR.